48h

terça-feira, 9 de abril de 2013

HISTÓRIA DA CIRURGIA BARIÁTRICA


Anos 1970
O médico clínico Salomão Chaib, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP), divulgou os resultados de suas cirurgias iniciais para tratamento de obesidade. Na época, ele utilizou as chamadas derivações jejuno-ileais do tipo Payne, ou seja, o primeiro procedimento bariàtrico a ser aplicado internacionalmente em grande escala. Mas a iniciativa pioneira não teve o sucesso esperado. As graves sequelas derivadas das operações acarretaram grande descrédito entre os médicos sobre a indicação das cirurgias para pacientes com sobrepeso. No final daquela década, tais procedimentos cirúrgicos foram simplesmente abandonados por boa parte da comunidade médica brasileira.
A equipe médica do Hospital das Clínicas da FMUSP continuou, no entanto, acompanhando as tendências internacionais para a cura da obesidade, como a cirurgia bariátrica.

Anos 1980
Nos Estados Unidos, o médico Edward Mason introduziu o conceito de restrição gástrica. Ele descreveu as técnicas restritivas bypass gástrico, gastroplastia horizontal e gastroplastia vertical com anel de polipropileno. Esta última foi amplamente utilizada por especialistas na década de 1980. No Brasil, o Dr Arthur Garrido foi o pioneiro dessas técnicas.

Anos 1990 

Ao longo da década de 1990, foram desenvolvidas novas intervenções cirúrgicas – – por exemplo, a derivação bilio-pancreática (ou Cirurgia de Scopinaro) e derivações gástricas em “Y de Roux”  –, que passaram a oferecer melhores resultados para a perda importante de peso no médio e longo prazos.
Além disso, a técnica de gastroplastia vertical com anel de polipropileno foi sendo progressivamente substituída pelas bandas gástricas ajustáveis, mais tarde adaptadas à cirurgia videolaparoscópica. Também as derivações bilio-pancreáticas foram aprimoradas com o emprego da técnica de duodenal switch.

Anos 2000
Em 2004, o médico italiano Francesco Rubino publicou importante estudo sobre exclusão duodenal e controle da diabetes realizado com animais, marcando o início do que hoje chamamos de cirurgia metabólica. 
Ao longo de 2005, foram publicados no Brasil os primeiros estudos experimentais com animais e seres humanos diabéticos por três médicos especialistas em cirurgia barátrica: José Carlos Pareja e Bruno Geloneze, de Campinas (SP), e Ricardo Cohen, de São Paulo (SP).
Em 2006, o conceito metabólico foi incorporado à cirurgia bariátrica em todo o mundo.
O Brasil lidera pesquisas nessa área. Graças a essa série de estudos brasileiros e estrangeiros, a cirurgia metabólica ficou definida como qualquer intervenção cirúrgica no aparelho digestivo que leva a um rearranjo de sua anatomia, possibilitando o controle do diabetes tipo 2 e de outros componentes da síndrome metabólica que, a princípio, não apresentam relação direta com a perda de peso. 
Todas essas técnicas passaram a ser executadas por videolaparoscopia, hoje cada vez mais utilizada por especialistas em obesidade.

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