48h

quinta-feira, 19 de junho de 2014

Estudo avalia deficiências nutricionais após cirurgia bariátrica


A obesidade tem se mostrado um problema grave, que afeta pacientes do mundo inteiro. Estima-se que atualmente existam mais de 300 milhões de obesos em todo o planeta. Além disso, a obesidade está associada a aumento de risco de hipertensão arterial, diabetes mellitus, colesterol elevado, apneia do sono, doença arterial coronária e doença vascular.
A realização de cirurgias para redução gástrica e intestinal (cirurgia bariátrica) tem aumentado como alternativa terapêutica, além de ter se mostrado eficiente na perda de peso em médio e longo prazo e na queda de mortalidade entre os obesos graves.
O objetivo deste estudo foi determinar a prevalência de deficiências nutricionais em pacientes submetidos à cirurgia bariátrica, através da avaliação do estado nutricional antes e um ano após a cirurgia. A análise laboratorial incluiu a dosagem de ferritina, vitamina D, vitamina B12, homocisteína, ácido fólico e hemoglobina.
Os resultados estavam disponíveis para 232 pacientes no pré-operatório e em 149 pacientes nos pós-operatório. No pré-operatório, a deficiência de vitamina D foi observada em 57% dos obesos. A prevalência de anormalidades nutricionais um ano após o bypass gástrico em Y de Roux (cirurgia de Fobi Capella), a mais popular das modalidades cirúrgicas, foi maior em comparação com os níveis pré-operatórios. Após esta cirurgia, a anemia foi detectada em 17%, níveis elevados de homocisteína (apenas mulheres) em 29%, baixos níveis de ferritina em 15%, baixos níveis de vitamina B12 em 11% e baixos níveis de ácido fólico em 12%. A prevalência de deficiência de vitamina D diminuiu, mas não de forma significativa.
Os autores concluíram que a deficiência de vitamina D é muito comum entre pacientes com obesidade mórbida que procuram a cirurgia bariátrica. Como a prevalência da deficiência nutricional persiste ou piora no pós-operatório, exames de rotina e a prescrição de suplementos apropriados, são fundamentais nesta população de indivíduos.
Fonte: Nutrition

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Saiba como fazer a cirurgia de redução de estômago de graça


De acordo com sua condição de saúde, o SUS pode fazer a cirurgia de redução de estômago gratuitamente
O Sistema Único de Saúde (SUS) realiza gratuitamente a cirurgia de redução de estômago (bariátrica) em pacientes que estão dentro de um perfil específico.
É preciso ter no mínimo 16 anos além de ser diagnosticado com obesidade mórbida. E a restrição tem um motivo: este perfil de paciente corre um alto risco de ter doenças graves e, por isso, recebe prioridade.
Como fazer a operação gratuita


Vá ao médico do seu plano de saúde  ou a um especialista da rede pública e conte sobre sua situação. Somente os médicos podem enviar o pedido desta cirurgia ao SUS e apenas quando você se encaixa nas regras da cirurgia bariátrica. Se tudo certo, o especialista fará o pedido e você entrará em uma fila de espera para ser encaminhado a um hospital público.
É importante saber que a redução de estômago só será feita no sistema público de saúde quando for a última opção do paciente. Antes, ele terá que passar primeiro por um tratamento médico para emagrecer e irá para a cirurgia se esse acompanhamento não der certo.
Vale saber que a fila de espera para realizar a redução de estômago pelo Sistema Único de Saúde pode variar de alguns meses até anos.
Quem tem direito à cirurgia gratuita


De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica, Dr. Almino Ramos, para estar na classificação de obesidade mórbida e fazer a cirurgia pelo SUS é necessário ter o Índice de Massa Corporal (IMC) igual a 40 ou mais.
Quem tiver IMC entre 35 e 40 pode fazer a operação se provar a necessidade. Ou seja, o paciente deve apresentar outros problemas que surgem por causa do excesso de peso, como diabetes, hipertensão, colesterol alto ou problemas ortopédicos.
O cálculo do IMC é feito assim:
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O que acontece depois da cirurgia
A redução do estômago faz o paciente comer menos porque o espaço para a comida no estômago fica bem menor. E assim começa a perda peso.
Existem vários tipos de cirurgia bariátrica: algumas retiram parte do estômago, enquanto outras grampeiam o órgão para que só parte dele seja usado.
O SUS também oferece cirurgia plástica pós-operatória para retirar o excesso de pele de quem fez a redução do estômago.
É importante lembrar que a operação não resolve tudo sozinha
Quem vai fazer esse procedimento precisa manter hábitos saudáveis depois.


Cirurgia bariátrica é tratamento que mais combate diabetes em obesos




A cirurgia bariátrica para redução de estômago supera outros tratamentos por conseguir levar pacientes obesos à remissão do diabetes tipo 2, revelou um estudo .
A pesquisa, que será divulgada no Jornal da Associação Médica Americana (JAMA), também revelou que o procedimento está vinculado a um número menor de complicações relacionadas com o diabetes nas pessoas que estão severamente acima do peso.
As descobertas vêm à tona em um momento em que obesidade e diabetes alcançam proporções de epidemia nos Estados Unidos, acarretando um caro problema de saúde. Tratar a doença e suas complicações relacionadas custaram US$ 245 bilhões em gastos médicos em 2012, uma cifra muito superior aos US$ 174 bilhões de cinco anos antes.
Realizada por uma equipe de cientistas chefiada por Lars Sjostrom, da Universidade de Gotemburgo, a pesquisa consistiu em um acompanhamento do estudo sueco sobre indivíduos obesos.
O tempo de acompanhamento médio foi de 18,1 anos para pessoas que se submeteram à cirurgia e de 17,6 anos para o grupo de controle, com a finalidade de determinar os efeitos de longo prazo dos procedimentos bariátricos, da remissão de diabetes e das complicações vinculadas ao diabetes.
Os autores descobriram que a proporção de pessoas com diabetes tipo 2 que fizeram cirurgia bariátrica e estavam em remissão era de 72,3% dois anos depois do procedimento contra 16,4% no grupo de controle. Quinze anos depois, as taxas de remissão de diabetes foram de 30,4% entre os que fizeram a cirurgia, significativamente maior do que os 6,5% de remissão no grupo de controle.
Todos os tipos de cirurgia bariátrica - inclusive o bypass gástrico, bem como procedimentos com bandas ou anéis ajustáveis e não ajustáveis - "foram associados com taxas mais elevadas de remissão em comparação com o tratamento usual", destacou um comunicado que anunciou o estudo.
Além disso, segundo os autores, este tipo de cirurgia também está vinculada com uma incidência menor de complicações micro e macrovasculares, embora tenham alertado que as descobertas precisam de confirmação por meio de testes aleatórios.
De acordo com dados dos CDC,  uma em cada quatro pessoas com diabetes nos Estados Unidos não sabe que tem a doença.

Após cirurgia bariátrica, ex-obesos devem ter cuidado ao consumir doces




O consumo da sacarose pode levar à Síndrome de Dumping e desencadear dores e desconfortos

Fraqueza, náuseas, vômitos, diarreia, dor de barriga, sudorese, taquicardia, dor de cabeça e sensação de desmaio são alguns sintomas da Síndrome de Dumping - caracterizada pela rápida passagem dos alimentos do estômago para o intestino. De acordo com a nutricionista Maria Paula Carlini Cambi, a síndrome, que não tem cura, ocorre em pacientes que passaram pela cirurgia bariátrica, principalmente, por causa da ingestão da sacarose. "Nem todos desenvolvem a Síndrome de Dumping e, para evitá-la, é importante não consumir doces nos primeiros seis meses do pós-operatório", recomenda. 
A nutricionista, que faz parte da equipe multidisciplinar do Dr. Giorgio Baretta, explica que a Síndrome de Dumping gera uma alteração física da função de armazenamento. "Como resposta a essa alteração ocorre um rápido esvaziamento gástrico, que pode causar dor abdominal, sudorese e outros sintomas do Dumping, e acelerar a absorção da glicose, principalmente após ingerir carboidratos e alimentos com muito açúcar, como os doces e refrigerantes."

A Síndrome de Dumping pode ser precoce, quando acontece logo após a ingestão da sacarose, ou tardia, de três a quatro horas após o consumo. "Alguns alimentos, que costumam ser os preferidos dos pacientes, precisam ser evitados: os gordurosos, como o chocolate, que também contêm açúcar, e os ricos em carboidratos, como pães, arroz e massas", orienta a nutricionista Maria Paula. 
Mesmo após a cirurgia, lembra a nutricionista Maria Paula, o estômago continua a ser um órgão elástico e pode aumentar de tamanho. "Essa elasticidade pode facilitar a vontade de comer mais. Por isso, é fundamental fazer uma reeducação dos hábitos alimentares, acompanhada por nutricionista, e praticar atividade física regularmente", considera. "Também é necessário o acompanhamento de uma equipe multidisciplinar, tanto no pré como no pós-operatório, pois o paciente precisa receber orientação para que tenha consciência dos cuidados especiais que deverá seguir ao longo da sua recuperação", afirma. 
fonte jornal novo tempo

quarta-feira, 11 de junho de 2014

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Os Benefícios da Cirurgia Bariátrica

Os Benefícios da Cirurgia Bariátrica
Esfigmomanômetro.
Após a cirurgia e os procedimentos de pós-operatórios, os benefícios dos pacientes são evidentes, como a melhora no bem-star e na qualidade de vida; porém, há outros benefícios ligados àcirurgia bariátrica:
 
 
-Hipertensão

hipertensão arterial (ou pressão arterial alta) está diretamente ligada à obesidade e quanto maior o IMC, mais difícil será o controle dessa doença. Além disso, ela é fator de risco para várias doenças cardíacas. A cirurgia bariátrica trabalha com a redução do esforço no coração e, dessa forma, diminui os níveis de pressão. Com a perda de peso corporal, a prática deatividades físicas e mudanças na dieta, o controle da hipertensão é feito de forma mais fácil.

-Cirurgia Bariátrica - Diabetes tipo II

Medição de glicose no sangue.A diabetes do tipo II é uma desordem que ocorre com o metabolismo da insulina e da glicemia e está bastante associado com a obesidade mórbida. Os pacientes que realizam a cirurgia de obesidade reduzem à resistência a insulina e melhoram seu nível glicêmico. A melhora em relação a obesidade é verificada em todos os tipos cirúrgicos de cirurgia bariátrica.
 
-Dislipidemia

É um problema que ocorre no metabolismo dos lípides (derivados da gordura) no sangue. Os lípides fazem parte da estrutura das placas de gordura que se formam nas artérias do corpo humano causando problemas vasculares, obstrução de artérias e insuficiência renal. Com a cirurgia, a melhora nos níveis de colesterol é bem significativa.

-Depressão


Para os pacientes que possuem obesidade mórbida, a depressão age de forma mais severa e há uma maior dificuldade em tratá-la. A doença pode causar uma complicação na depressão causando problemas familiares, emocionais e psicológicos. Os pacientes que realizam a cirurgia bariátrica apresentam, em sua maioria, uma melhora nos relacionamentos interpessoais, mais oportunidades no mercado de trabalho e o aumento da autoestima. Nesse caso, procure sempre um profissional de saúde mental!

-Osteoartrose (quadril e joelhos)

osteoartrose um problema médico causado pelo desgaste nas articulações e causa dor ao paciente quando ele se movimenta. Quando a obesidade é mórbida, o problema atinge a região dos joelhos e quadris causando dores que, às vezes, impedem o paciente de se locomover. Com a cirurgia e consequentemente a redução de peso, a pressão sobre os joelhos diminui, proporcionando a redução da dor.

-Apneia do sono e Problemas Respiratórios

apneia do sono ocorre quando a respiração é interrompida durante o sono devido a um colapso na musculatura e nos tecidos da garganta e pescoço. A obesidade intensifica o quadro de apneia e aumenta a probabilidade de problemas respiratórios, pois quanto maior for o peso, maior será a quantidade de gordura que irá pressionar os pulmões. A cirurgia diminui a quantidade de gordura encontrada no aparelho respiratório reduzindo a incidência dos problemas respiratórios.

Médico receitando remédios.-Refluxo Gastroesofágico

refluxo gastroesofágico é uma doença causada pela exposição da mucosa do esôfago ao conteúdo ácido do estômago, ocasionando azia, queimação e lesões graves. A obesidade causa o enfraquecimento na válvula que impede que esse procedimento ocorra. A cirurgia diminui a incidência do refluxo e também a quantidade de ácido que é produzido pelo estômago.

-Incontinência Urinária

obesidade mórbida em mulheres aumenta a probabilidade de incontinência urinária, pois causa o relaxamento da estrutura do abdômen e da pélvis. A cirurgia auxilia na melhora nos casos de incontinência urinária.
 
 

O que é Síndrome de Dumping

Síndrome de Dumping
Cupcakes.
É uma complicação comum após a cirurgia bariátrica e faz com que ocorra a passagem do conteúdo gástrico que está no estômago para o intestino de forma muito rápida.
 
Nesse caso, deve-se evitar principalmente o consumo de alimentos que sejam ricos em carboidratos e açúcar. Asíndrome de dumping pode ser dividida nas formas precoce ou tardia e é o resultado das alterações feitas no procedimento de armazenar do estômago. Pode ser diagnosticada por meio dos sintomas que são apresentados pelos pacientes submetidos à cirurgia gástrica.

Pode causar sonolência, fraqueza, náuseas, cólicas intestinais, desmaios e diarreia, após a pessoa ter se alimentado. Entretanto, nem todos têm a mesma reação e os sintomas variam de um paciente para o outro. O tratamento dever ser feito com base em uma dieta alimentar e a criação do hábito de descansar após as refeições para atrasar o esvaziamento estomacal.

Dumping precoce

Ocorre por volta de 30 a 60 minutos após a refeição e pode ser decorrente do esvaziamento gástrico levando a desvios do líquido intravascular para a luz do intestino. Isso resulta em uma distensão muito rápida do intestino delgado, aumentando as contrações do intestino. Seus sintomas são diarreia, náuseas, cefaleia e rubor.

Dumping tardio

Pode ocorrer de 1 a 3 horas após as refeições e a oferta rápida de alimento para o intestino delgado causa uma alta concentração de carboidratos no intestino delgado proximal e na absorção da glicose. Os altos níveis de insulina causam uma hipoglicemia subsequente. Seus sintomas são tremores, dificuldades para se concentrar, redução da consciência, fome e perspiração.

Práticando exércícios físicos.Efeito Platô


É o nome dado quando o peso corporal do paciente se estabiliza devido a sua adaptação à restrição dos alimentos. Isso causa a sensação de não estar mais perdendo peso após um período. Porém, o paciente deve continuar realizando a dieta saudável, pois o corpo irá reiniciar o ciclo de emagrecimento. Além disso, as atividades físicas 
devem ser mantidas.
 
Gastrostomia ou Jejunostomia

É um tipo de procedimento para fixar uma sonda alimentar com a criação de um orifício no estômago ou próximo ao jejuno. Esse procedimento cria uma ligação do ambiente externo com o interno.